O estardalhaço em torno do lançamento do Chat GPT, em novembro de 2022, trouxe à tona a discussão sobre os rumos do desenvolvimento tecnológico – neste caso, especificamente, da inteligência artificial – e seu potencial de disrupção. Nestes últimos meses, têm sido discutidos seu impacto no sistema de educação, no mercado de trabalho e sobre a própria natureza humana, que, para alguns, parece ter sido posta em xeque pelos novos sistemas inteligentes. Polêmicas à parte, fato é que o atual estágio de desenvolvimento tecnológico já afeta os diversos modos de estar, pensar e viver em sociedade. Até o momento, muito do debate tem sido conduzido por especialistas das ciências exatas, sem grande presença das Humanidades. Com isso, temas como a promoção, reforço ou perpetuação de preconceitos e assimetrias sociais, justiça e ética, entre tantos outros, diretamente associados ao uso de certos algoritmos ou sistemas de inteligência artificial, muitas vezes ficam em segundo plano. Neste decisivo debate sobre que caminhos queremos seguir, no que diz respeito ao desenvolvimento das novas tecnologias de inteligência, é essencial que todos participem. Este encontro tem por objetivo contribuir para dar visibilidade à perspetiva das Humanidades sobre o futuro da humanidade.

Palestrantes: Helena Moniz, U. Lisboa, e Manuel Portela, U. Coimbra.

Mediação: João Gabriel Ribeiro, Shifter

Público-alvo: docentes e estudantes da FLUL